quarta-feira, 5 de maio de 2010

Uma lista nova, pra variar

Ao contrário das duas listas anteriores, que eu solicitei a amigos em priscas eras, essa é mais recente: pedi ao Guilherme Smee que me fizesse uma lista de leituras que eu deveria fazer, em no campo dos quadrinhos. Eis o que ele me sugeriu:


Guilherme: Escrevi uma listinha com algumas coisas que eu gostei de ler. Não incluí séries em revistas mensais, nem coisas como Watchmen ou Retalhos, que com certeza tu já leu. Mas tem coisas aqui que valem bastante à pena, seja pela narrativa, arte ou um combinação fortuita das duas. Segue, então:

1. Planetary, de Warren Ellis e John Cassaday
Para alguém que adora histórias pulp, como tu, é um prato cheio. Aqui é Warren Ellis na melhor forma, esbanjando referências e construíndo histórias intrigantes e cheias de aventura. Sem deixar de lado a fantástica arte do Cassaday.

2. The Unwritten, de Mike Carey e Peter Gross
Bom, essa eu acho uma das melhores séries que eu tenho acompanhado ultimamente e é mais legal ainda pra quem gosta de Harry potter: o que aconteceria se Harry Potter fosse ao mesmo tempo um personagem fictício e uma pessoa real? E quais seriam as implicações disso pro resto da literatura universal?

3. Starman, de James Robinson e Tony Harris
Jack Knight é o cara. Não tem como não gostar dele.James Robinson (re?)constrói toda uma mitologia pro Starman e nos envolve no clima de Opal City (que é a cidade do herói), sem falar nas referências. Uma série que, por acaso, não é do selo Vertigo.

4. Balas Perdidas, de David Lapham
Obra prima de David Laphan, que usa do pincel para fezer seus traços, resultando num estilo semelhante ao de Darwin Cooke. Além das histórias bem construídas, é marcante o grid de quadros, sempre oito a cada página.

5. Local, de Brian Wood e Ryan Kelly
Essa HQ mostra a viagem de Megan por várias cidades, cada uma contada de uma maneira diferente, o que dá um tom experimental pra série. Um bom exemplo de quadrinho indie.

6. Epiléptico, de David B.
Essa vale à pena pelo visual, que é bastante impactante, mas o mesmo efeito também ocorre com o roteiro. O estilo de desenho se destaca por trazer influências de várias culturas e escolas de arte, as capas são um destaque à parte.

7. Mort Cinder
, de Héctor German Oesterheld e Alberto Breccia
Tá, esse é um exemplo de quadrinho argentino do cara que é considerado o Alan Moore da américa do sul, só que nascido algumas décadas antes. Conta a história de um homem capaz de driblar a morte e viver várias vidas distintas durante o transcorrer dos anos, como gladiador, participante do esforço de construção da Torre de Babel ou nos dias de hoje enfrentando uma horda de zumbis chamados “olhos de chumbo”.

8. A Balada de Halo Jones, de Alan Moore e Ian Gibson
Pra ti conhecer o Alan Moore antes da DC, mais uma daquelas histórias que tu vê que cada detalhe foi construído pra chegar no momento final da história.

9. Fell, Cidade Brutal, de Warren Ellis e Ben Templesmith
Uma revista com menos páginas, um grid de nove quadros por páginas, porém mais dinâmicos. A arte difusa do Templesmith traz a sensações criadas pelo roteiro: uma cidade em que nada faz sentido e todos escondem certas verdades, inclusive o leitor.

10.Bruxaria: Uma História de Vingança, de James Robinson e vários artistas
Essa é uma história feminista, mas no bom sentido. Um exemplo de roteiro bem feito.

11.Chosen, o Eleito do Senhor, de Mark Millar e Peter Gross
Uma história que só o Millar conseguiria conceber: como seria a vida de Jesus nos dias de hoje. Referências a Star Wars abundam. E espera pelo final.

12.Demolidor: Redenção, de David Hine e Michael Gaydos
Esqueçe o Demolidor e pense em Matt Murdock. Essa é uma história de julgamento que capta todos os lados da história, e não fica devendo para nenhum episódio de Law and Order.

13. Gotham City Contra o Crime, de Ed Brubaker, Greg Rucka e vários artistas
Duas palavras: Renee Montoya.

14. O Imortal Punho de Ferro, de Ed Brubaker, Matt Fraction e vários artistas
Esse tu imagina um Grande Dragão branco bem escrito, cheio de intriga, torneios e acontecimentos inesperados. Sem falar que eles recriaram o Punho de Ferro pro século XXI

15. I Kill Giants, de Joe Kelly e JM Ken Nimura
Uma guriazinha se achando o personagem principal de Shadow of The Colossus, com mais sensibilidade e imaginação.

16. Sgt. Rock: Edição Especial de Aniversário, de Joe Kubert
Pra ti ler uma história de guerra. Comprei por inércia e acabei me surpreendendo bastante com a narrativa.

Um comentário:

K. disse...

MAL ACOSTUMADA, VOCÊ ME DEIXOU. ENTÃO VOLTA, TRAZ DE VOLTA O MEU SORRISO.
http://www.youtube.com/watch?v=jJCZdcaELGc

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